10:30, sábado, 4/02: West Ham x Milwall. Então o leitor desavisado se questiona “Mais um jogo?” Um pouco mais do que isso.

Trata-se de uma das maiores rivalidades do mundo futebolístico, é público e notório, público pelo fato de ter sido retratado pelo filme Hooligans; notório pelos seus reflexos, sua repercussão e sua história.

Não é todo jogo que transcende os limites de cal e invade as páginas dos livros, o East London Derby vem das origens do futebol inglês, e consequentemente, mundial. Relatos dão conta de que em certa greve geral nos estaleiros do Tâmisa, os fundadores/torcedores/Hammers decidiram não aderir em sua Thames Ironworks causando a ira na outra margem do rio.

A primeira briga que se noticia foi no terceiro confronto, em 1906, quando “Dean e James se chocaram, incitando assim a ira nas arquibancadas”. Porém esta não se compara à que viria, gradativamente e desnecessariamente.

Ao citar esse clássico, 90% dos amantes de futebol por sinapse pensam na briga, no sangue. Mas, pasmem, haverá um jogo de futebol durante esse evento. Tal distorção tem raiz fincada na imprensa marrom que foca neste lado anti-esportivo, além do filme, é claro.

Três dias depois de 74 mortos no futebol egípcio, só cabe uma palavra pré-jogo: Bom senso.

No Campo

Antítese tão grande quanto as torcidas são as posições na tabela de West Ham líder isolado, apesar na inexplicável e inapelável derrota para o Ipswich na rodada anterior. O Millwall também vem de uma derrota que o coloca na zona de rebaixamento. Pode-se dizer que os Hammers são favoritos, atenuado por jogarem no seu Upton, mas como há multa para a não execução do clichê: Clássico é clássico e vice-versa.

Por Vitor Ribeiro.